O
Aborto e o porquê de não legalizar!
Nesta síntese irei discutir
abordar e por em pauta o porquê de não legalizar o aborto, não apelando para
motivos ou fins religiosos.
O aborto no Brasil é um tema que gera muitas controvérsias
e discussões e não tem sido movido somente em nome da religião e da
contra-religião. Também da ciência e da
razão natural tem sido apresentado argumentos contra o aborto.
Pró-legalização do aborto:
‘’ Aborta antes dos três meses, pois ainda não é uma vida.
‘’
Desde 1839 a ciência reconhece que a vida humana se inicia na concepção.
Não existem tratados de embriologia que neguem esse fato. Este embrião que está vivo
cresce com autonomia, tem sexo definido, é completo e se desenvolverá até a sua
morte a partir de tudo o que já possui agora. Como todo ser humano o nascituro
só precisa de três condições para seguir sua vida: oxigênio, nutrição e tempo.
Retire algo e ele (e nós) morrerá.
‘’ Aborto em caso
de gravidez não planejada? ‘’
Se este feto é
gente, tem direito de viver, como seus pais.
‘’ Aborto em caso
de família pobre? ‘’
Se este feto é
gente, tem direito de viver, como todo pobre.
‘’ Aborto em caso
de estupro? ‘’
Se este feto é
gente, tem direito de viver, como a mãe que também é inocente.
‘’ Aborto em caso
de má-formação? ‘’
Se este feto é
gente, tem direito de viver, como toda pessoa doente.
Razões para a não legalização do aborto.
1) Razões científicas:
Desde a concepção, o
embrião já carrega todo o patrimônio genético que o caracteriza como um novo
ser humano (cor dos olhos e da pele, tom de voz, traços da personalidade,
etc.).
Pesquisas recentes
evidenciaram a presença de células com atividade neural a partir do 14° dia de
vida. Este dado é importante, pois significa um sistema nervoso formado, marco
aceito universalmente como a presença de uma nova vida humana. Sabemos que,
quando a mulher se identifica como gestante, após alguns dias de atraso
menstrual, estes 14 dias já foram ultrapassados. Com o advento do ultrassom 3D,
descobrimos que já com 26 semanas de gestação o feto sorri, chupa o dedo e
boceja. Há pouco tempo acreditava-se que ele só sorriria com um mês de vida
extra-uterina.
2) Razões éticas:
Quando uma pessoa
apresenta um distúrbio psicológico devido a dificuldades sociais ou econômicas
e deseja tirar a sua própria vida, procuramos ajudá-la de alguma forma. Da
mesma forma, quando a gestante se encontra frente a uma dificuldade em relação
à maternidade, cabe à sociedade dar-lhe apoio.
3) Razões econômicas:
Nos EUA, após a
legalização do aborto, o número de abortos passou de 193.491, em 1970, a
1.430.000, em 1990, um aumento de 640%. O custo médio do aborto foi de US$
350,00 a 450,00. Neste país, onde existe um elevado índice de utilização de
métodos contraceptivos, vemos o aborto sendo utilizado como um método
anticoncepcional. Imaginemos o que ocorreria no Brasil, pois não existe
planejamento familiar e há falta de recursos para as necessidades mais básicas
de saúde. Na índia, estimava-se que o número de abortos na década de 70 fosse
de cerca de 3 milhões anuais. Após sua legalização, em poucos anos saltou para
a extraordinária marca de 7 milhões anuais. Em todos os países em que ele foi
legalizado, houve um aumento expressivo do seu número.
4) Razões demográficas:
Os países que legalizaram
o aborto enfrentaram sérios problemas em relação à população jovem e
economicamente ativa. Cuba, o único país latino-americano em que o aborto é
legalizado, apresenta um baixíssimo índice de natalidade (0,72 criança por
mulher), causando preocupação nas autoridades cubanas. Na Rússia, estima-se que
o número de abortos seja o dobro do número de nascimentos, com um índice de 1,4
criança por mulher. Recentemente, a BBC de Londres divulgou que as autoridades
russas estão preocupadas, pois caso persista a atual situação, em 2050 a
população russa será um terço da atual. O mesmo ocorre nos EUA, Japão, Coréia e
vários países da Europa, cada vez mais dependentes da mão de obra imigrante.
Cabe ressaltar que a taxa de fertilidade para manutenção da população é de 2,2
crianças por mulher e no Brasil esta taxa já é de 2,5, segundo o último censo.
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